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Arquitetos: Second Ground
- Área: 220 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Abinaya Varshni
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Fabricantes: Ira Furnitures
Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno está localizado no coração da bacia agrária de Tamilnadu, Índia, local com poucas construções. Uma pequena casa no meio da fazenda, com o mínimo de intervenção no ambiente e o terreno como material de construção configurou-se, portanto, como a maneira apropriada de avançar. A tentativa era usar o mínimo de aço e cimento possível e maximizar o uso da terra nas paredes e no material de cobertura. O projeto é um cuidadoso casamento entre sistemas de cobertura alternativos, porém antigos, paredes de sustentação e elementos espaciais ancestrais, como thinnai (assentos embutidos) e pátios, enquanto reflete a arquitetura que praticamos hoje.
A árvore Makizham é o núcleo da casa e foi plantada antes do início do projeto. Usando este gesto como origem do desenho, a planta foi tecida em torno dessa árvore, estratificando os espaços na hierarquia de seu uso do mais usado para o menos. Portanto, a sala de estar, jantar e cozinha, que formam a primeira camada, são organizadas em formato de "L" ao redor do pátio, com a sala de jantar atuando como núcleo. O planejamento foi feito tendo em mente o espaço, não necessariamente um cômodo, para permitir que os moradores fluam perfeitamente de uma parte da casa para outra, sem barreiras/parede. O corredor, a segunda camada, atua essencialmente como o conduto que permite esse fluxo. Os três quartos estão ocultos na faixa oeste atrás do corredor e formam a terceira camada.
As paredes feitas com blocos de barro comprimido sustentam os humildes telhados em arco que foram pré-moldados (tanto vigas quanto arcos) e preparados paralelamente no local, à medida que as paredes subiam, para então serem montados em suas posições e formar a cobertura. Esta foi uma perfeita combinação do sistema de cobertura antigo, porém rápido e fácil de montar, para manter os prazos e a velocidade de construção do presente. O espaço de jantar, que atua como o núcleo dos espaços comuns, carrega o domo de tijolos de barro acima dele. O corredor é estratégico para permitir que o arco receba luz em seus espaços da maneira mais encantadora.
Os quartos situados no oeste recebem os primeiros raios de sol da alvorada da mesma maneira. Isso permite que a luz do sol penetre nos espaços de maneira controlada, mas indicando o momento do dia. As paredes selecionadas com reboco de barro foram projetadas para receber esses raios de luz dos arcos, celebrando e realçando ainda mais a iluminação, além de sua forma naturalmente permitir uma ventilação fluida. A seção que recebe os arcos é duplicada, como um canal de água da chuva para coletar e captar a água do terraço e trazê-la de forma visível, buscando celebrar a beleza das chuvas no pátio.